terça-feira, 28 de agosto de 2007

O DIFICIL ADEUS AO MEU IRMÃO, SIDNEY JOSÉ ALCANTARA - 28.08.2007

Livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – ALLAN KARDEC

PRECES POR AQUELES QUE NÃO ESTÃO MAIS NA TERRA

POR ALGUÉM QUE ACABA DE MORRER


PREFÁCIO. As preces pelos Espíritos que acabam de deixar a Terra não têm somente a finalidade de lhes dar um testemunho de simpatia, mas têm ainda por efeito ajudar o seu desligamento e, com isso, abreviar a perturbação que segue sempre a separação, e tornar o despertar mais calmo. Mas aí ainda, como em outra circunstância, a eficácia está na sinceridade do pensamento, e não na abundância de palavras ditas com mais ou menos pompa, e nas quais freqüentemente, o coração não toma parte. As preces que partem do coração ressoam em torno do Espírito, cujas idéias são ainda confusas, como as vozes amigas que vêm nos tirar do sono. (Cap. XXVII, nº 10).


PRECE. Deus Todo-Poderoso, que a vossa misericórdia se estenda sobre a alma de N... que vindes de chamar para vós. Possam as provas que ele (ou ela) suportou na Terra lhe serem contadas, e as nossas preces abrandar e abreviar as penas que pode ainda experimentar como Espírito!
Bons Espíritos, que viestes recebê-lo, e vós sobretudo seu anjo guardião, assisti-o para ajudá-lo a se despojar da matéria; dai-lhe a luz e a consciência de si mesmo, a fim de tirá-lo da perturbação que acompanha a passagem da vida corporal para a vida espiritual. Inspirai-lhe o arrependimento das faltas que pôde cometer, e o desejo que lhe seja permitido repará-las para apressar o seu adiantamento para a vida eterna feliz.
N..., vindes de reentrar no mundo dos Espíritos, e entretanto estais aqui presente entre nós; vede-nos e nos ouvis, porque não há de menos entre nós e vós senão o corpo perecível que vindes de deixar e que logo será reduzido a pó.
Deixastes o grosseiro envoltório sujeito às vicissitudes e à morte, e não conservastes senão o envoltório etéreo, imperecível e inacessível aos sofrimentos. Se não viveis mais pelo corpo, vive da vida dos Espíritos, e essa vida é isenta das misérias que afligem a Humanidade.
Não tendes mais o véu que oculta aos nossos olhos os esplendores da vida futura; podeis, de hoje em diante, contemplar novas maravilhas, ao passo que nós estamos ainda mergulhados nas trevas.
Ides percorrer o espaço e visitar os mundos em inteira liberdade, ao passo que nós rastejamos penosamente sobre a Terra, onde nos retém nosso corpo material, semelhante para nós a um pesado fardo.
O horizonte do infinito vai se desenrolar diante de vós, e, em presença de tanta grandeza, compreenderá a vaidade dos nossos desejos terrestres, das nossas ambições mundanas e das alegrias fúteis das quais os homens fazem as suas delícias.
A morte não é, entre os homens, senão uma separação material de alguns instantes. Do lugar de exílio, onde nos retém ainda a vontade de Deus, assim como os deveres que temos a cumprir neste mundo, nós vos seguiremos pelo pensamento até o momento em que nos será permitido nos reunirmos a vós, como estais reunidos com aqueles que vos precederam.
Se não podemos ir perto de vós, podeis vir perto de nós. Vinde, pois, entre aqueles que vos amam e que amastes; sustentai-os nas provas da vida; velai sobre aqueles que vos são caros; protegei-os segundo o vosso poder, e abrandai seus pesares pelo pensamento de que estais mais felizes agora, e a consoladora certeza de estar um dia reunido a vós num mundo melhor.
No mundo em que estais, todos os ressentimentos terrestres devem se extinguir. Para vossa felicidade futura, de hoje em diante, que possais a eles ser inacessível. Perdoai, pois, àqueles que procederam mal para convosco, como vos perdoam os que podeis ter procedido mal para com eles.
Nota. Podem-se ajuntar a esta prece, que se aplica a todos, algumas palavras especiais, segundo as circunstâncias particulares de família ou de relações e a posição do falecido
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